Exp/Imp (média diária) – Em toneladas, a média diária das exportações brasileiras de produtos lácteos até a 4ª semana de abril, subiu 18,4% em relação à média diária de abril de 2023, mas em valores, caiu 5,0%.

A média diária das importações subiu, em valor e volume, +2,9% e +11,0%, respectivamente.

Os produtos da categoria Leite, representaram até a 4ª semana de abril, em volume, 92,6% das exportações e 77,9% das importações. Em valores os percentuais foram 79,9% das exportações e 72,6% das importações.  

Assim sendo, é a categoria de maior peso na balança comercial brasileira de produtos lácteos. E como pode ser observado no gráfico, no mês de fevereiro e em menor medida em março, o volume exportado de produtos da categoria Leite aumentou na comparação interanual, e foram maiores até do que os volumes registrados em fevereiro e abril de 2022. E as importações de produtos da mesma categoria, que vinham caindo desde janeiro de 2024, voltaram a subir.  

Além do menor volume exportado e maior volume importado, as cotações de compra e venda da categoria são divergentes. O preço de exportação caiu 18,4% em relação aos valores de abril de 2023, e mais de 40% em relação aos preços das vendas realizadas em março de 2024.

E, embora o preço médio de importação tenha caído 7,9% na comparação interanual, está subindo consistentemente neste início de 2024, e entre janeiro e abril, o percentual de aumento já chega a 7,3%.

Teve também redução nas exportações da segunda categoria em importância, dentro da balança comercial, os Queijos, tanto em valor como em volume. Já as importações da mesma categoria apresentaram crescimento nas duas variáveis. E, embora o valor médio de exportação de produtos da categoria Queijo seja 37% acima do preço de importação, o volume de exportação é apenas 5,9% do total importado, não compensando significativamente o desequilíbrio da balança comercial de produtos lácteos.

Desta forma, o saldo negativo tende a aumentar em relação ao saldo do ano passado, estando, até a 4ª semana de abril, 4% acima do saldo devedor de abril de 2023.

Pelo segundo mês consecutivo houve crescimento, e já é o maior déficit de 2024.