Exportações – Em dólares, as exportações brasileiras de produtos lácteos NCM 04, no mês de outubro de 2023 subiram, tanto na comparação interanual (+10,9%), como em relação ao mês anterior (+8,2%).

O maior crescimento foi de produtos NCM0402, com destaque para Leite condensado e outros, que cresceu 62%.   

No acumulado do ano, no entanto, houve queda de 23,3% nas exportações, em valores, e de quase 20%, em volume, com destaque especial para a redução de 43% nas remessas de produtos NCM0402, especialmente leite em pó integral, que neste ano, representa pouco menos de 7% dos valores exportados no mesmo período do ano passado, e o volume, caiu de 5.623 toneladas nos dez primeiros meses de 2022, para 419 toneladas no mesmo período de 2023.

Desde o pico atingido em 2014, as exportações brasileiras de produtos lácteos apresentaram quedas acentuadas, e recuperações moderadas de 2019 a 2021. Mas 2023 não está sendo um grande ano.

Os volumes enviados de produtos NCM0401 estão sendo consistentes durante os últimos dez anos, embora tenha havido oscilações maiores em relação às divisas geradas pela categoria, deixando claro a variação de preços.

Já os produtos NCM0402 sofreram uma queda acentuada entre 2015 e 2018, mantendo, desde então, os níveis baixos, e 2023 pode ser o terceiro pior ano desde 2013.

Os queijos, NCM0406, que cresceram até 2021, perderam força. Analisando essas variações, percebe-se que as exportações brasileiras de produtos lácteos estão perdendo valor agregado.

O Brasil conta com grande quantidade de mercados para os quais distribui seus produtos. São mais de 100 países em todos os continentes. Embora seja o terceiro maior mercado em volume, os Estados Unidos da América (EUA) é o maior importador em valores, significando que compra produtos com maior valor agregado, média de US$ 3.825 a tonelada. Já o Uruguai, o maior importador em volume, é apenas o quarto país em valores, com o valor médio de US$ 1.056/tonelada. Para o Uruguai vão 38% dos produtos NCM0401 vendidos pelo Brasil.

Os queijos, com valor médio de exportação de US$ 6.642 a tonelada, vão principalmente para o Chile, EUA, Argentina e Paraguai.