Argentina – A leiteria na bancarrota

30/07/2015 – Diario La Opinion

Tradução Livre: Terra Viva

Mesa Nacional dos Produtores de Leite

Uma declaração assinada em Buenos Aires, no encontro setorial na semana passada, a Mesa Nacional de Produtores de Leite (MNPL), apresenta seu ponto de vista sobre a angustiante situação pela qual atravessa a cadeia láctea: do produtor à indústria, em decorrência da queda internacional do preço do leite. Ainda de acordo com a MNPL a crise é mais acentuada no produtor primário.

 

COMUNICADO

Assim se expressa textualmente: “A queda do preço do leite ao produtor imposta pela indústria a partir do mês de maio, que ameaça ser intensificada nos próximos meses, submete os produtores a uma situação grave de quebras, cuja principal consequência será o encerramento da produção de leite em muitas fazendas, redução do rebanho, perda de postos de trabalho e deterioração da cadeia de valor”.

“A circunstância excepcional – continua – na qual se encontra o setor lácteo, em um contexto de profunda crise de preços no mercado mundial, agravado, em nosso caso, por más políticas instituídas governamentais, inflação elevada e o alto custo de financiamentos, torna necessária a adoção de medidas por parte do Estado, que amorteçam o peso da crise, contribuindo assim para preservar a continuidade de uma atividade de vital importância para as economias regionais”.

 

PROPOSTAS

“Pelo que foi exposto – segue o comunicado institucional –, a Mesa Nacional dos Produtores Leite propõe adotar com urgência as seguintes medidas:

1 – Criação um fundo de reparação para o setor da produção primária com o objetivo de:

a)    Aumentar a compensação sobre o leite entregue em julho ($1/litro) por dois anos, para toda a produção de leite;

b)    Criar um fundo para estimular a exportação de produtos lácteos.

2 – Colocar à disposição dos produtores recursos de financiamento equivalente a três meses de produção, com taxa zero, período de carência de um ano e 48 meses para pagamento.

3 – Reembolso automático do IVA de exportação, contra a apresentação do certificado de embarque.

4 – Elevar as restituições às exportações ao nível máximo permitido e aplica-los mediante a entrega da documentação de embarque.

5 – Eliminar toda regulamentação que diz respeito à venda de produtos lácteos.

6 – Diminuir a excessiva carga tributária que pesa sobre o setor.

Cumpre esclarecer que a Mesa Nacional é formada por instituições conceituadas, dentre elas: Associação de Produtores de Leite, Câmara de Produtores de Leite de Entre Rios, Câmara de Produtores de Leite da Bacia Oeste de Buenos Aires, Câmara de Produtores de Leite de Abasto Norte, Câmara de Produtores de Leite do Abasto Sul, Confederação Intercooperativa Agropecuária, Confederações Rurais Argentinas, Federação Agrária Argentina, Federação de Centros Tamberos da Província de Santa Fe, Frente Agropecuária Nacional, Produtores de leite do Sul de Santa Fe e Córdoba, Sociedade Rural Argentina, União Geral de Tamberos, e União de Produtores de Leite da Bacia Mar e Serra.