O mundo continua produzindo mais
leite do que o mercado precisa
22/06/2015 – Rabobank
Tradução Livre: Terra
Viva
O mundo continua produzindo mais leite do que o mercado
precisa atualmente. Esse desequilíbrio indesejável deve ser substancialmente
corrigido no segundo semestre de 2015, diz o Relatório Trimestral do Rabobank.
“As sementes de uma eventual recuperação estão sendo plantadas agora, com
produção e consumo finalmente percebendo que o mundo tem muito leite e estão
respondendo a isso. Mas a recuperação dos preços, no melhor das hipóteses,
deverá começar apenas no final de 2015, assegurando um período de dificuldades
para muitos produtores mundiais”, disse Tim Hunt, estrategista mundial de
lácteos do Rabobank.
Detalhes da análise:
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A
acentuada volatilidade dos preços do leite no primeiro semestre, quando caíram
entre 20-30% em três meses, será revertida no segundo.
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Mesmo
parecendo que os fundamentos do mercado não tenham sustentado a volatilidade do
primeiro semestre, eles continuarão se deteriorando até o final do ano.
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Depois
da ligeira queda no início do ano, a produção em regiões chaves começaram a
crescer, em abril, em decorrência da melhoria do tempo, o fim das quotas
lácteas na União Europeia, permitindo os produtores a responderem aos preços
relativamente remuneradores em inúmeras regiões.
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Diante
da persistente fraqueza do comércio com a China e a Rússia, outros compradores entraram
em cena para adquirir esses produtos. Embora os estoques estejam em altos
níveis, a demanda começa a mostrar sinais de crescimento.
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O
Rabobank prevê deterioração dos fundamentos do mercado, e isto irá atrasar a
fase de recuperação dos preços internacionais para o final do quarto trimestre
(contrariando expectativas de março).
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Os
preços em dólares provavelmente permanecerão fracos no comércio internacional
na maior parte do segundo semestre de 2015, com a oferta superando a demanda,
enquanto a China faça os ajustes e os compradores reduzam os estoques.
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A
expectativa é de que os preços entrem em uma fase de recuperação no final de
2015/início de 2016, depois de um período de crescimento lento da produção, que
coincida com a estabilização das importações da China e melhora na demanda de
consumo criado por um período de preços menores aos consumidores e crescimento
da renda.
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A
taxa de recuperação dos preços será inicialmente prejudicada pela necessidade
de acabar com o excesso de estoque, ganhando impulso no segundo semestre de
2016.